A origem dos brechós @ sersustentavelcomestilo

Estava aqui na minha leitura diária e li um post suuuper bacana sobre o como surgiram os brechós. Claro que me identifiquei de cara e devorei a matéria. E resolvi dividir com vocês!

Segue o link do blog da Chiara (sersustentavelcomestilo) e o copy & paste da matéria:


"Hoje recebi a antropóloga Lígia Krás em minha casa para uma entrevista. Meu nome foi citado entre um grupo de mulheres quando perguntadas sobre uma figura feminina inovadora. Fiquei orgulhosa pelas citações e contente de conhecer a Lígia.

Lígia faz pesquisas de campo para WGSN/MIndset, a maior empresa de pesquisa de tendências do mundo com sede em Londres e representada também aqui no Brasil.

E para minha surpresa, além desse trabalho para WGSN, Lígia é uma das maiores especialistas brasileiras em vintage. Ela começou sua paixão por roupas antigas ainda adolescente, na faculdade UFRGS se formou em Ciências Sociais e Antropologia e atualmente pesquisa a relação entre as pessoas e as roupas de segunda mão.

Lígia me contou que no Brasil o primeiro brechó data do século 18 e seu fundador foi "Belchior" por isso o nome "brechó". "No começo eram depósitos que vendiam um pouco de tudo, de roupas a louças e máquinas." contou Lígia.

Segundo Lígia, a moda vintage começou a se propagar na metade da década de 90, saindo da Europa para o resto do mundo. "Em Hollywood, o vintage começou a ser visto como tendência de moda a partir de 2001, quando Julia Roberts recebeu o Oscar com um modelo do estilista Valentino de 1982", afirma a pesquisadora.

Além de estudar os brechós de maneira acadêmica, Lígia é fiel ao estilo de época encontrado nessas lojas. Sua coleção de vestidos ultrapassa os 200 itens, além dos diversos casacos, bolsas e acessórios.


Muito mais que uma roupa exclusiva, Lígia explica que as peças antigas possuem outras qualidades. "Os tecidos de décadas atrás tinham um diferencial. As coisas eram feitas para durar mais." explica a antropóloga.

Quanto aos preços,Lígia é categórica. "É possível sim achar um vestido Pucci por um preço razoável, mas se você quiser achar essa peça de marca e de época barata, terá que garimpar muito. Isso porque quem conhece as marcas entende o seu valor, cuida daquela peça, mantém um espaço limpo, bonito e bem cuidado e dificilmente cobra pouco por roupas assim", explica Lígia, que já encontrou verdadeiras pechinchas em brechós, como um óculos Yves Saint Laurent antigo por apenas R$ 5.

Lígia aponta outra vantagem dos brechós: a questão da sustentabilidade. "Acredito que com o tempo as pessoas vão entender que, assim como economizar sacolas de plástico e ter sua eco-bag, comprar roupas usadas ajuda a preservar o ambiente", explica.

Lígia já apresentou seu trabalho de conclusão de curso " O Passado Presente" em congressos entre eles um Colóquio de moda e agora está começando a desenvolver uma pesquisa antropológica na Noruega. Apoiada pelo FRETEX, um empreendimento social, criado em 1888, e totalmente possuído pelo norueguês Exército da Salvação, Lígia realizará um estudo comparativo entre o uso do vintage na Brasil e na Noruega.

Foi muito interessante ser entrevistada e entrevistar uma pessoa com tantas características em comum. Lígia, como eu, acredita que o uso do vintage é sem dúvidas um dos grandes caminhos para a moda do futuro.(...)"

Falou e disse! :)

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